domingo, 30 de janeiro de 2011

Poemas de Amor a Mulheres

Como nos textos anteriores falámos de sonhos de menina e de como é profunda a dor da perda de um filho, vamos hoje falar de um tema mais colorido: Poemas de Amor a Mulheres.


Os dois poemas que se seguem foram escritos pelo Sr. Luís F. Silva.

INICIAÇÃO

A mulher mais bela
É aquela que eu amo.
Serei sempre escravo dela,
Ano após ano!

Partilhá-la nem pensar,
Quero-a só para mim.
Suas belezas eu quero cantar,
Revelar que o nosso amor é assim!

Assim como? - Alguém pergunta.
Quente como o sol, livre como o vento...
Será a minha resposta pronta.
E esquecido ficará o meu tormento!

Em cada segundo que passa,
Como adolescentes vamos descobrindo,
Que o amor nos enlaça
Em cada gesto se vai construindo.

Com calma se vai aprendendo
A apreciar cada olhar
E se nada nos vai surpreendendo
Tudo é um novo despertar.

Todos os gestos são novas descobertas,
Em que todas as emoções nos assaltam,
E em nossas mentes abertas
Quem vai reinar é o coração!

Nada te vou exigir,
Pois quem ama
Só pode pedir.

AMAR E SER AMADO

Abraça-me! Beija-me!
É este o meu sonho
Que todas as noites o sono me tira.
Quero estar contigo e esquecer tudo o resto,
Toda a angustia que esta saudade provoca,
Toda esta tristeza que me consome.
É tão bom amar e ser amado!
É tão mau viver longe de quem se ama!
Sonho com a tua voz, sonho com os teus olhos;
Todo o meu pensar é um sonho, em que a rainha é só uma.
Tu e só tu meu amor, meu desejo.
Dá-me a tua mão e vamos caminhar
"Em busca do vale encantado",
Onde todos os nossos sonhos serão realidade.
É tão bom amar e ser amado!

E para terminar uma linda canção de amor na voz inconfundível de Joe Cocker.



Espero que tenham gostado e se quiserem comentar sobre o tema poemas de amor a mulheres, agradeço que o façam através deste blogue.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

A dor de perder um filho

O que pretendo com este texto intitulado A Dor De Perder Um Filho, é fazer uma homenagem ao meu filhinho Luís que já não está entre nós há catorze anos e também a todas as mães que passaram por esta dor.

Apesar da sua rebeldia era um menino muito alegre, inteligente, meigo, com um sorriso lindo, amigo do seu amigo, com muita vontade de viver e um coração de ouro.

A sua vontade de viver e a diversão levou-o a estar à hora errada num local errado.

A sua doença prolongou-se por cinco anos. Anos esses, cheios de sofrimento para ele, para mim, para os irmãos e também para a minha querida mãe. O meu sofrimento era tanto e sentia-me tão impotente, pois como mãe, a pessoa que lhe tinha dado a vida, pensava ter poderes para lhe tirar o sofrimento, principalmente quando ele ficou cego. Mas não tinha nada.

Infelizmente já não podia contar com o colo da minha avozinha para me consolar, pois já havia partido, só com o colinho da minha mãe com que ainda hoje conto e espero contar por muitos anos.

Em 1996 partiu para o outro mundo. Como ele era uma flor linda, DEUS precisou dessa flor na sua jarra principal levando-o para junto dele.

Com a partida do meu filho fiquei muito doente, sem vontade de viver, revoltada com tudo e com todos, mas principalmente com o sofrimento que vi nalguns doentes provocado pela doença e pelo abandono dos pais. Estes só voltavam ao Hospital para o reconhecimento do corpo após a sua morte. Não imaginam o que era o sofrimento deles por terem sido abandonados pelos próprios pais quando estavam doentes, quando precisavam de amor e carinho. Meus Deus como é que uma mãe podia abandonar o seu filho quando ele mais precisava dela.

Passados quatro anos, no ano de 2000 nasce o meu netinho, filho do meu primeiro filho. Era um bebé pequenino, lindo, parecido com o pai. Foi um dia muito feliz para mim. Com o seu nascimento já havia uma luzinha no final do túnel.

Hoje é um bom menino, inteligente, meigo, carinhoso, aplicado na escola. Tem muitas atitudes e comportamentos iguais ao tio Luís. Amo-o muito e peço a Deus que lhe dê melhor sorte. Ele também ama a sua avó.

Com o nascimento do meu neto fui obrigada a dar um rumo diferente à minha vida, pois a vida que tinha não fazia sentido.

Mudei de actividade profissional, de empregada de escritório passei a tratar de pessoas idosas, fazendo Apoio Domiciliário. Sinto-me feliz, realizada, pois estou a ajudar pessoas que necessitam dos meus cuidados, de amor, de carinho e principalmente dum ombro amigo para desabafarem.

Voltei a ter novamente um Luís "o bonitinho cá de casa", na minha vida, mas desta vez como namorado, companheiro e amigo.

A dor vai diminuindo ficando a saudade, mas encontrei paz e alguma felicidade.

Sinto muitas saudades do meu filho, dos seus abraços, das risadas que dava ao contar anedotas, até dos disparates que fazia e dizia.
Depois de catorze anos da sua partida ainda não consigo ir visitá-lo ao cemitério as vezes que deveria ir, é tão doloroso para mim aceitar que ele está ali. É lá que tudo acaba, é lá que está a realidade.

"DESCANSA EM PAZ MEU FILHO".

Os meus outros filhos amadureceram e cresceram aprendendo com os seus próprios erros e com o sofrimento do irmão, o irmão que eles tanto adoram.
Tornaram-se em dois homens lindos, bons maridos e o mais velho num bom pai. Estou muito orgulhosa dos meus filhos. Amo-os muito e sei que para eles eu sou uma mãe muito especial e importante nas suas vidas.

Espero que tenham percebido quanto é intensa A Dor de Perder Um Filho. Por favor deixem o vosso comentário.

A menina e um conto de fadas

Este texto a que dei o nome de A Menina e Um Conto de Fadas foi escrito com o desejo de partilhar com as pessoas que seguem este blogue um pouco da minha vida.

Após longos meses de partilha de informação, chegou a altura de vos dar a conhecer pormenores da minha vida pessoal.

Nasci numa linda vila, perto das margens do rio Vouga no distrito de Viseu, mas cresci numa aldeia perto da Serra do Caramulo, no concelho de Tondela, também do distrito de Viseu. Foi numa quinta enorme rodeada pela natureza, toda murada e protegida da época má que se vivia em Portugal.

Vivia com a minha querida avozinha materna, a minha linda mãe e dois irmãos mais velhos.

Apesar de sentir pena de não conhecer o meu pai, visto que ele tinha partido para Angola quando eu tinha apenas 1 ano de idade, cresci muito feliz rodeada de amor e carinho, com uma educação esmerada com regras duras, mas dando valor ao próximo, quer ele fosse pobre ou rico.

No final do dia depois da escola e de tanta brincadeira com os meus irmãos, primos e amigos, adormecia a ouvir a minha avó contar-me histórias de amor, contos de fadas, de príncipes e de factos reais de amor que aconteceram na minha família, como o da minha bisavó Maria das Neves Alcoforado ou o da minha antepassada Sóror Mariana Alcoforado. Factos esses onde o amor era mais forte do que qualquer título, dinheiro, heranças, ou mesmo ser freira.

Sonhava que iria ser uma mãe muito feliz rodeada dos filhos e netos até à velhice, nunca pensando em ser rica ou ter uma vida de fidalga. Devido à minha rebeldia, eu pensava que o nome Alcoforado me trazia uma vida de pompa, o que para mim era uma chatice pois havia muitas etiquetas, demais para o meu gosto.

Aos 10 anos fui estudar para a cidade de Viseu, a cidade onde a minha avó e a minha mãe nasceram. Gostei muito de morar em Viseu e fui lá muito feliz.

Aos 12 anos de idade fui para Luanda em Angola e finalmente conheci o meu pai, o que para mim foi um dos dias felizes na minha vida. Adaptei-me muito bem àquela terra e ao modo de vida que se vivia lá. Havia liberdade. Adorava morar lá. Ainda hoje tenho saudades daquela terra.

O meu pai era um homem lindo, alto, bem parecido, mas pouco afectivo. Senti sempre que o meu pai tinha um carinho especial por mim. Ele adorava Angola e chamava-a de terra do coração. Hoje repousa em Luanda.

Amadureci cedo e após terminar os estudos, sentia muita vontade de ser mãe e com a cabeça cheia de sonhos casei aos dezasseis anos de idade numa linda Igreja de Luanda.

Aos dezassete anos fui mãe pela primeira vez de um menino, o meu Sol de tão lourinho que era.

Aos dezanove anos voltei a ser mãe do meu boneco de porcelana, moreno de cabelos pretos encaracolados.

Aos vinte um anos regressei a Portugal, pois não havia segurança em Luanda para eu criar os meus filhos.

Aos vinte cinco anos voltei a ser mãe do meu anjo, lindo, lourinho, igualzinho ao irmão mais velho.

A minha vida era como a de todas as mães que têm três filhos rapazes para criar, com muito trabalho, chegando por vezes a ter dias de exaustão.

Como existiam barreiras a nível de criação que com o decorrer dos anos foram difíceis de ultrapassar o casamento não foi feliz e aconteceu o divórcio.

Mesmo com o processo de divórcio e com o sofrimento que isso me causou, era feliz pois tinha os meus queridos filhos comigo, dando-me apoio, amor e carinho. Era tão bom sentir os braços deles à roda do meu pescoço. Uma mãe pelos seus filhos sente um amor incondicional.

No ano de 1991, o mundo caiu em cima de mim, o meu segundo filho, o meu boneco de porcelana, aos dezoito anos adoeceu, doença que mais tarde transformou-se numa doença incurável, que o vitimou aos vinte três anos de idade.

Como esta mensagem é um pouco extensa e dolorosa para mim e para todas as mães que já passaram por esta dor que é a perda dum filho, falaremos mais à frente do assunto.

A finalidade desta mensagem é também dizer-vos que há sempre uma luz no final do túnel por muito negro que ele seja.

Espero que com esta mensagem A Menina e Um Conto de Fadas e a seguinte que vou chamar A Dor de Perder Um Filho vos esclareça as dúvidas que possam ter tido sobre a existência do blogue Lar de Idosos. Por favor deixem o vosso comentário.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A Gripe nos idosos

A Gripe nos Idosos é uma doença que não deve ser descurada. Um idoso não pode pensar que está imune pelo facto de se ter curado recentemente de um ataque de gripe. Essa imunidade é realmente temporária, pois existem diferentes estirpes de vírus, o mais perigoso é o da Gripe A. O facto de se ter tido o vírus de uma determinada estirpe não impede que se possa contrair o vírus doutra estirpe.

A gripe assemelha-se a um simples resfriado, pelo que muitos idosos não lhe prestam a devida atenção. Incorrem assim num grave risco, pois a gripe pode evoluir para uma pneumonia. Recordamos que durante a epidemia mundial de 1918, perderam a vida cerca de vinte milhões de pessoas pela combinação destas doenças, número superior ao das mortes provocadas pelos combates da primeira guerra mundial.

O vírus da gripe enfraquece as defesas do organismo contra as bactérias, aumentando a susceptibilidade a determinadas infecções, como a pneumonia, que pode ser provocada pelo próprio vírus da gripe ou resultar de uma infecção bacteriana secundária. Como todos nós sabemos, os idosos devido à idade já possuem um certo enfraquecimento nas defesas do organismo e gripe para eles é considerada uma doença grave, direi mesmo uma doença que incapacita e até pode ser mortal.

SINTOMAS:

- Febre;

- Inflamação na garganta e dores;

- Tosse;

- Mau estar;

- Calafrios;

- Suores nocturnos;

- Dores musculares, principalmente na cabeça, nas costas e nas pernas.

Como uma constipação, a gripe transmite-se directamente, sobretudo na fase inicial quando se espirra ou tosse e se espalha o vírus no ar que as outras pessoas respiram . Por isso é muito contagiante.

PREVENÇÃO:

- Repousar o máximo tempo possível, evitando o cansaço e os resfriamentos;

- Evitar contactos com pessoas afectadas;

- Considerar qualquer sintoma, tratando-o conveniente (Consultar o médico);

- Isolar uma pessoa com gripe dos outros membros familiares;

- Praticar hábitos de higiene pessoal e de higiene alimentar;

- Evitar sítios fechados e aquecidos;

- Não se esquecer lavar as mãos depois das idas ao WC;

- Não se automedicar, pois o que é bom para o vizinho ou amigo poderá não ser para si;

- Informar-se junto ao seu médico se pode apanhar a vacina.

Espero ter contribuído com esta mensagem para o vosso esclarecimento sobre a gripe nos idosos.

Por favor deixem o vosso comentário.