
Apesar da sua rebeldia era um menino muito alegre, inteligente, meigo, com um sorriso lindo, amigo do seu amigo, com muita vontade de viver e um coração de ouro.
A sua vontade de viver e a diversão levou-o a estar à hora errada num local errado.
A sua doença prolongou-se por cinco anos. Anos esses, cheios de sofrimento para ele, para mim, para os irmãos e também para a minha querida mãe. O meu sofrimento era tanto e sentia-me tão impotente, pois como mãe, a pessoa que lhe tinha dado a vida, pensava ter poderes para lhe tirar o sofrimento, principalmente quando ele ficou cego. Mas não tinha nada.
Infelizmente já não podia contar com o colo da minha avozinha para me consolar, pois já havia partido, só com o colinho da minha mãe com que ainda hoje conto e espero contar por muitos anos.
Em 1996 partiu para o outro mundo. Como ele era uma flor linda, DEUS precisou dessa flor na sua jarra principal levando-o para junto dele.
Com a partida do meu filho fiquei muito doente, sem vontade de viver, revoltada com tudo e com todos, mas principalmente com o sofrimento que vi nalguns doentes provocado pela doença e pelo abandono dos pais. Estes só voltavam ao Hospital para o reconhecimento do corpo após a sua morte. Não imaginam o que era o sofrimento deles por terem sido abandonados pelos próprios pais quando estavam doentes, quando precisavam de amor e carinho. Meus Deus como é que uma mãe podia abandonar o seu filho quando ele mais precisava dela.
Passados quatro anos, no ano de 2000 nasce o meu netinho, filho do meu primeiro filho. Era um bebé pequenino, lindo, parecido com o pai. Foi um dia muito feliz para mim. Com o seu nascimento já havia uma luzinha no final do túnel.
Hoje é um bom menino, inteligente, meigo, carinhoso, aplicado na escola. Tem muitas atitudes e comportamentos iguais ao tio Luís. Amo-o muito e peço a Deus que lhe dê melhor sorte. Ele também ama a sua avó.
Com o nascimento do meu neto fui obrigada a dar um rumo diferente à minha vida, pois a vida que tinha não fazia sentido.
Mudei de actividade profissional, de empregada de escritório passei a tratar de pessoas idosas, fazendo Apoio Domiciliário. Sinto-me feliz, realizada, pois estou a ajudar pessoas que necessitam dos meus cuidados, de amor, de carinho e principalmente dum ombro amigo para desabafarem.
Voltei a ter novamente um Luís "o bonitinho cá de casa", na minha vida, mas desta vez como namorado, companheiro e amigo.
A dor vai diminuindo ficando a saudade, mas encontrei paz e alguma felicidade.
Sinto muitas saudades do meu filho, dos seus abraços, das risadas que dava ao contar anedotas, até dos disparates que fazia e dizia.
Depois de catorze anos da sua partida ainda não consigo ir visitá-lo ao cemitério as vezes que deveria ir, é tão doloroso para mim aceitar que ele está ali. É lá que tudo acaba, é lá que está a realidade.
Infelizmente já não podia contar com o colo da minha avozinha para me consolar, pois já havia partido, só com o colinho da minha mãe com que ainda hoje conto e espero contar por muitos anos.
Em 1996 partiu para o outro mundo. Como ele era uma flor linda, DEUS precisou dessa flor na sua jarra principal levando-o para junto dele.
Com a partida do meu filho fiquei muito doente, sem vontade de viver, revoltada com tudo e com todos, mas principalmente com o sofrimento que vi nalguns doentes provocado pela doença e pelo abandono dos pais. Estes só voltavam ao Hospital para o reconhecimento do corpo após a sua morte. Não imaginam o que era o sofrimento deles por terem sido abandonados pelos próprios pais quando estavam doentes, quando precisavam de amor e carinho. Meus Deus como é que uma mãe podia abandonar o seu filho quando ele mais precisava dela.
Passados quatro anos, no ano de 2000 nasce o meu netinho, filho do meu primeiro filho. Era um bebé pequenino, lindo, parecido com o pai. Foi um dia muito feliz para mim. Com o seu nascimento já havia uma luzinha no final do túnel.
Hoje é um bom menino, inteligente, meigo, carinhoso, aplicado na escola. Tem muitas atitudes e comportamentos iguais ao tio Luís. Amo-o muito e peço a Deus que lhe dê melhor sorte. Ele também ama a sua avó.
Com o nascimento do meu neto fui obrigada a dar um rumo diferente à minha vida, pois a vida que tinha não fazia sentido.
Mudei de actividade profissional, de empregada de escritório passei a tratar de pessoas idosas, fazendo Apoio Domiciliário. Sinto-me feliz, realizada, pois estou a ajudar pessoas que necessitam dos meus cuidados, de amor, de carinho e principalmente dum ombro amigo para desabafarem.
Voltei a ter novamente um Luís "o bonitinho cá de casa", na minha vida, mas desta vez como namorado, companheiro e amigo.
A dor vai diminuindo ficando a saudade, mas encontrei paz e alguma felicidade.
Sinto muitas saudades do meu filho, dos seus abraços, das risadas que dava ao contar anedotas, até dos disparates que fazia e dizia.
Depois de catorze anos da sua partida ainda não consigo ir visitá-lo ao cemitério as vezes que deveria ir, é tão doloroso para mim aceitar que ele está ali. É lá que tudo acaba, é lá que está a realidade.
"DESCANSA EM PAZ MEU FILHO".
Os meus outros filhos amadureceram e cresceram aprendendo com os seus próprios erros e com o sofrimento do irmão, o irmão que eles tanto adoram.
Tornaram-se em dois homens lindos, bons maridos e o mais velho num bom pai. Estou muito orgulhosa dos meus filhos. Amo-os muito e sei que para eles eu sou uma mãe muito especial e importante nas suas vidas.
Espero que tenham percebido quanto é intensa A Dor de Perder Um Filho. Por favor deixem o vosso comentário.

Os meus outros filhos amadureceram e cresceram aprendendo com os seus próprios erros e com o sofrimento do irmão, o irmão que eles tanto adoram.
Tornaram-se em dois homens lindos, bons maridos e o mais velho num bom pai. Estou muito orgulhosa dos meus filhos. Amo-os muito e sei que para eles eu sou uma mãe muito especial e importante nas suas vidas.
Espero que tenham percebido quanto é intensa A Dor de Perder Um Filho. Por favor deixem o vosso comentário.
A sua historia deixou-me com lagrimas nos olhos.
ResponderEliminarFelizmente nunca passei por tal dor, mas crei que deve de ser a maior dor possivel.
Tenho uma filha com 20 anos e só de imaginar tal coisa, doi.
Sabe, tambem adoro a minha profissão.
Fico contente por saber que a sua vida tomou outro rumo e que a felicidade é sempre possivel, mesmo não esquecendo as coisas más da nossa vida.
Um grande beijinho e muito obrigado por aparecer no meu blog
Obrigado eu. Não foi muito fácil para mim escrever estas dois textos. Foi abrir feridas, que já estavão a cicatrizar. Mas os leitores merecem conhecer detalhes da minha vida pessoal. Além de ser supervisora numa associação de idosos, e de amar o meu trabalho, também adoro dar formação na área.
ResponderEliminarÙltimamente tenho escrito mais, pois encontro-me de baixa, fui submetida a uma laroscopia para extracção da vesícula. Porque quando estou a trabalhar mal tenho tempo para descansar.
Agradecia que me recordasse o seu blogue.
Uma beijoca e obrigada por partilhar comigo o amor pelos idosos.
Não tenho palavras para comentar...
ResponderEliminarSou mãe de cinco filhos, todos adultos, um deles teve cancro à cerca de dois anos, ainda não estou tranquila...
Aliás as mães nunca estão tranquilas.
A dor de perder um filho, tenho a certeza, que será a maior dor do mundo...
Beijinho grande.
Rosinda
Olá Rosinda!
ResponderEliminarÉ mesmo a maior dor. Perdemos avós, pais e tios, mas um filho é contra a natureza. A dor é dilacerante,com a sensação que nos arrancaram um pedaço. Com o tempo vai suavizando, ficando a saudade. Mas, a vida tem de continuar, existem outros que precissam de nós. A missão de mãe só termina com a nossa partida.
Força, a medicina já está mais avançada.Vai correr tudo bem, nem sempre o pior está em nossa casa.
Vá sempre dando notícias.
Um beijão