segunda-feira, 24 de junho de 2013

O dia de São de Pedro no Centro de Dia



O dia de São Pedro no Centro de Dia. S. Pedro era um pescador de origem humilde que cativou os seus devotos pela sua história pessoal, a de ter deixado a sua família para seguir Jesus Cristo. Além de ser Apóstolo de Cristo foi o fundador da Igreja Católica, sendo o seu primeiro Papa.
São Pedro foi crucificado de cabeça para baixo a seu pedido pois sentiu que não era digno de ser crucificado da mesma maneira que Jesus Cristo (com os pés para baixo). 

Depois da sua morte, São Pedro foi nomeado chaveiro do céu. Assim , para entrar no paraíso é necessário que o Santo abra as portas.Também lhe é atribuída a responsabilidade de fazer chover.

Em Portugal é um dos seus Santos Populares, que comemoramos a 29 de Junho. 
Em Sintra, neste dia comemora-se o feriado Municipal.

A Direção do Centro de Dia organiza um lanche convívio para os seus utentes e convidados.

O salão de festas enche-se de cor: balões, arcos, manjericos e a quermese, com artigos confecionados pelas nossas idosas.
O cheiro da sardinha assada e do caldo verde convida a comer e a uma  boa conversa à mesa, acompanhados de um bom vinho.

Não falta a música, o desfile dos idosos dançando ao som das músicas das marchas populares.  No final é eleito o melhor par de dançarinos. 

O dia de São Pedro no Centro de Dia. Esta comemoração é muito importante para os idosos, promove a socialização, combatendo o isolamento e a falta de exercício físico.







 








terça-feira, 11 de junho de 2013

Reflexão sobre a vida e a morte




Foto: SOMOS TODOS (IN)FINITOS!

O modo de vida e a cultura de consumo deste início de século vinte e um são ricos em exemplos de busca da juventude eterna, do ideal de força e de beleza, da busca de riqueza e da impossível imortalidade. Repele-se o que é fraco, pobre, feio e velho. Repele-se, afinal, o fracasso, a perda e a morte. As prisões estão cheias de pobres, quase não há ricos. As propagandas de televisão e revistas são feitas com modelos jovens, que aparentam riqueza e são muito bonitos. Para a mídia, a pessoa idosa chega a personificar o lado ruim da vida, a aproximação da morte. Em muitas ilustrações, mostra-se a morte como um velhinho encurvado, roupas sujas e rasgadas, barbas brancas e ralas, face de dor e sofrimento, apoiado por uma bengala!

Quando temos ainda toda a vida pela frente, criar filhos, trabalhar e sonhar com novos projetos, a morte nunca é pensada e aceita. Ela é uma intrusa. A doença, o imprevisto, os acidentes quando aparecem, coloca-nos frente a frente com a morte. Como nunca a encaramos devidamente, gera em nós muita ansiedade, muita revolta e muita angústia. Assim, lutamos para viver intensamente, como se isto nos afastasse ainda mais da morte.

A reflexão sobre a morte, sobre a nossa própria morte e de nossos familiares e amigos pode demonstrar que temos uma boa noção de realidade e de que somos finitos. Com isto, poderemos conviver e aceitar melhor as perdas que a vida irá nos infligir. Como dizem os psicólogos, refletir sobre a morte, procurando entendê-la e aceitá-la, faz bem para nossa saúde mental. Não é errado chorar uma perda, ficar por algum tempo deprimido e triste pelo falecimento de uma pessoa querida. O luto também faz parte de nossas vidas. No início, custamos a acreditar que a vida desta pessoa possa ter acabado, sentimos um vazio muito grande, uma tristeza muito grande, achamos que nunca mais iremos recuperar. Porém, o tempo será um grande amigo e conselheiro, e nossas feridas, aos poucos, irão cicatrizando. Nossa tristeza profunda tornará uma lembrança mais amena e menos sofrida, de uma pessoa que amamos e que, de alguma forma, ainda está conosco.

O apego excessivo à vida e a negação da morte deixam o homem solitário e desprotegido diante de sua ilusória fantasia de poder, que sucumbe, perante o irracional da sua finitude. A desvalorização do mito da morte, fruto de uma cultura moderna e sem símbolos, baseada na razão e na tecnologia, deixa o homem atual distanciado do confronto da morte e de outros símbolos de transformação e de vida!

A medicina, atualmente, tem a morte como a grande inimiga e seus profissionais, apesar de começar seus estudos sobre cadáveres, não estão preparados para o confronto inevitável com a morte. A medicina, que tem como função a luta contra a morte, parece não suportar a possibilidade de perder esse embate, criando negações, prolongando a vida de maneira desnecessária e artificial nos centros de terapia intensiva, de modo frio, longe do convívio afetuoso da família.

Dr. Márcio Borges - geriatraReflexão sobre a vida e a morte.  A pessoa toma conhecimento que envelheceu quando passa a viver de recordações, as ilusões desvanecem-se, o sonho acaba.

"O modo de vida e a cultura de consumo deste início de século vinte e um são ricos em exemplos de busca da juventude eterna, do ideal de força e de beleza, da busca de riqueza e da impossível imortalidade. Repele-se o que é fraco, pobre, feio e velho. Repele-se, afinal, o fracasso, a perda e a morte. As prisões estão cheias de pobres, quase não há ricos. A propaganda de televisão e revistas são feitas com modelos jovens, que aparentam riqueza e são muito bonitos. Para a mídia, a pessoa idosa chega a personificar o lado ruim da vida, a aproximação da morte. Em muitas ilustrações, mostra-se a morte como um velhinho encurvado, roupas sujas e rasgadas, barbas brancas e ralas, face de dor e sofrimento, apoiado por uma bengala!

Quando temos ainda toda a vida pela frente, criar filhos, trabalhar e sonhar com novos projetos, a morte nunca é pensada e aceita. Ela é uma intrusa. A doença, o imprevisto, os acidentes quando aparecem, coloca-nos frente a frente com a morte. Como nunca a encaramos devidamente, gera em nós muita ansiedade, muita revolta e muita angústia. Assim, lutamos para viver intensamente, como se isto nos afastasse ainda mais da morte.

A reflexão sobre a morte, sobre a nossa própria morte e de nossos familiares e amigos pode demonstrar que temos uma boa noção de realidade e de que somos finitos. Com isto, poderemos conviver e aceitar melhor as perdas que a vida irá nos infligir. Como dizem os psicólogos, refletir sobre a morte, procurando entendê-la e aceitá-la, faz bem para nossa saúde mental. Não é errado chorar uma perda, ficar por algum tempo deprimido e triste pelo falecimento de uma pessoa querida. O luto também faz parte de nossas vidas. No início, custamos a acreditar que a vida desta pessoa possa ter acabado, sentimos um vazio muito grande, uma tristeza muito grande, achamos que nunca mais iremos recuperar. Porém, o tempo será um grande amigo e conselheiro, e nossas feridas, aos poucos, irão cicatrizando. Nossa tristeza profunda tornará uma lembrança mais amena e menos sofrida, de uma pessoa que amamos e que, de alguma forma, ainda está connosco.

O apego excessivo à vida e a negação da morte deixam o homem solitário e desprotegido diante de sua ilusória fantasia de poder, que sucumbe, perante o irracional da sua finitude. A desvalorização do mito da morte, fruto de uma cultura moderna e sem símbolos, baseada na razão e na tecnologia, deixa o homem atual distanciado do confronto da morte e de outros símbolos de transformação e de vida!

A medicina, atualmente, tem a morte como a grande inimiga e seus profissionais, apesar de começar seus estudos sobre cadáveres, não estão preparados para o confronto inevitável com a morte. A medicina, que tem como função a luta contra a morte, parece não suportar a possibilidade de perder esse embate, criando negações, prolongando a vida de maneira desnecessária e artificial nos centros de terapia intensiva, de modo frio, longe do convívio afetuoso da família."

Dr. Márcio Borges - geriatra






O Dia Nacional da Luta contra a Dor

O Dia Nacional da Luta Contra a Dor. Este ano celebra-se a 14 de Junho de 2013. 

A dor funciona como um sinal de alarme que o corpo envia ao cérebro, a dizer que algo está mal no corpo.

" Que o alívio da dor seja reconhecido como um direito e também como objetivo geral na melhoria da prestação de cuidados de saúde".

Já dizia Selma Lagerloft  "Ninguém pode livrar os homens da dor, mas será bendito aquele que fizer renascer neles a coragem para suportá-la"

Neste dia é o que devemos fazer, renascer nos doentes a coragem para suportar a doença, através de visitas aos hospitalizados, em especial os do IPO e os dos Cuidados Paliativos, que  tanto sofrem, levando- lhes carinho, amor e apoio.
 
Todos nós temos um familiar, amigo, vizinho que os dias para eles são cheios de dor, sem risos, com chuva. Devemos visitá-los e dar-lhes força para o dia, conforto para as lágrimas e luz para o caminho.

Se for o seu caso, uma sugestão para ajudar a controlar a sua dor 

Existem  algumas estratégias que pode utilizar para ajudar a controlar a sua dor, como a distração e o relaxamento, que inclui a respiração diafragmática:

1 - Sente-se confortavelmente num local calmo e feche os olhos;
2 - Coloque uma mão sobre o tórax e outra sobre o abdomen;
3 - Inspire (encha o peito de ar) e expire (deite o ar fora) lentamente, tentando qual a mão que mais se movimenta;
4 - Tente fazer com que a mão que mais se movimenta durante a inspiração seja a que está colocada no abdomen. Repita várias vezes.

O Dia Nacional da Luta contra a Dor. Neste dia tão especial  devemos ir caminhando e semeando, pois só assim  teremos a certeza o que um dia vamos colher. 


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